2021

Confira os nossos eventos realizados em 2021:

Comuna de Paris: Experimentações das artes de não sermos governados (23/11/21 – 25/11/21):

O LASInTec, juntamente ao DCP/USP, convidam para o evento “Comuna de Paris: Experimentações das artes de não sermos governados” que acontecerá durante os dias 23, 24 e 25 de novembro às 17:30-20:00h. A transmissão será via canal da FFLCH-USP no YouTube.

Os links e programação podem ser conferidos abaixo: 

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23/11: Sobre a revolução – anarquistas e socialistas na Comuna de Paris.

Camila Jourdan (UERJ) e Lincoln Secco (FFLCH/USP).
Mediação e debate: Ronaldo Tadeu (DCP/USP). 

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24/11: Palavras, imagens e sons da revolta – as artes de viver na Comuna de Paris.

Larissa Drigo Agostinho (FFLCH/USP) e Gustavo Simões.
Mediação e debate: Alana Moraes (Unifesp). 

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25/11: Communards ao sul: Palmares, Canudos e a Comuna hoje.

Charles Trocate (MAM) e Leila Saraiva (UNB).
Mediação e debate: Joana Barros (Unifesp). 

Práticas de Si como Resistência às Políticas de Segurança Ontem e Hoje (21/10/21):

Lançamento e debate do livro “Fragmentos de memórias malditas: invenções de si e de mundos” de Cecília Coimbra.

Os convidados Cecília Coimbra (GTNM-UFF) e Danichi Mizoguchi (UFF) estarão conosco ao vivo dia 21/10 às 19h, no nosso canal do YouTube.

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Gravação do evento

Movimentos sociais, segurança e criminalizações (24/09/21):

Convidamos a assistirem o evento “Movimentos sociais, segurança e criminalizações” que acontecerá no dia 24 de setembro às 19hs via canal do LASInTec no YouTube

anarquistas na américa do sul (18/08/21 – 09/09/21):

o LASInTec (UNIFESP), juntamente ao Nu-Sol (PUC-SP) e o Lima (UNICAMP), convidam para o evento “anarquistas na américa do sul” que começará no dia 18 de agosto, quarta-feira. o evento contará com rodas de conversas, das 10hs às 13hs, e com mesas redondas, das 19hs às 22hs, que serão transmitidos pelo canal da TV PUC-SP. Xs convidadxs e temas das mesas estão disponíveis nos cartazes abaixo: 

Mães na luta: 6 anos da Chacina de Osasco e Barueri (13/08/21 e 14/08/21):

Há 6 anos… e o massacre segue: a luta das mães de Osasco e Barueri por memória e verdade

Chamado à manifestação no dia 14 de agosto, sábado, às 17hs

Ato por memória e verdade das pessoas executadas na Chacina de Osasco e Barueri

Calçadão de Osasco em frente à estação do Trem da CPTM.

A última guerra colonial (Tecno)políticas de segurança e o caso palestino-israelense (14.06.21):

Convidamos todos interessados a participar do nosso novo evento “A última ‘guerra’ colonial? (Tecno)políticas de segurança e o caso palestino-israelense” que acontecerá no dia 14 de junho às 19:30h no nosso canal do YouTube

Esse painel online inaugura uma série de atividades públicas do LASInTec: “Problemas contemporâneos dos Estudos em Segurança Internacional”. Além dos nossos ciclos regulares de painéis semestrais, realizaremos painéis específicos sobre problemas que se mostrem pertinentes ao campo dos estudos em segurança internacional, a serem compostos por uma pessoa especialista no tema e uma pesquisadora de nosso laboratório. Nesse primeiro painel trataremos do caso palestino-israelense – talvez o problema mais constante e controverso desde a Segunda Guerra Mundial para a segurança internacional.

A escolha do tema se deu por três motivos. O primeiro, mais imediato, foi o conflito deflagrado no dia 10 de maio de 2021, após a ameaça de despejo feita pelo governo Netanyahu às famílias palestinas de Sheikh Jarrah, bairro de Jerusalém Oriental, para abrir caminho aos colonos israelenses. Em pouco tempo houve centenas de mortes, muitas delas mulheres e crianças, devido aos mísseis israelenses lançados contra Jerusalém Oriental. O segundo, e principal motivo para este painel, se deve ao fato de o conflito conter, em pleno século 21, características de uma guerra colonial de ocupação que muitos declaram superada desde, ao menos, a década de 1970. Por fim, há o motivo que mobiliza os interesses de pesquisa específicos do LASInTec: a capacidade do Estado de Israel em desenvolver tecnologias políticas de guerra e intervenção – de táticas para intervenções urbanas de tropas à armas high-tech, como o Iron Dome (Cúpula de Ferro), aparato que faz parte de uma ampla gama de tecnologias de Defesa em funcionamento há uma década (utilizado pela primeira vez em 2011), advindo de um acordo do Estado de Israel com o então governo de Ronald Regan nos EUA, em 1986.

O debate interessa, menos como conflito específico traduzido em termos de uma disputa étnico-religiosa, e mais como caso limite de tecnologias políticas de segurança, Defesa e neutralização que se espalha por todo planeta. Em poucas palavras, buscamos compreender a Faixa de Gaza como um laboratório das tecnologias atuais de distribuição da violência e da morte no planeta.

Segurança, violência e autodefesa: a quem é dado o direito de matar? (25/05/21 – 28/05/21):

O objetivo desse ciclo é discutir a letalidade policial, o estatuto jurídico da legítima defesa, a interdição da autodefesa a grupos racializados/subalternizados e as relações entre Estado, política e violência. Todas essas questões orientam a temática que atravessa nossos “Boletins (Anti)Segurança” junto a proposta de abolição da polícia. Essa proposição, apesar de radical e minoritária, tem surgido em diversas partes do planeta, em contextos diversos de protestos de rua diversos e em países como EUA, Nigéria, Colômbia, França e Brasil.

Além desse interesse diretamente relacionado às pesquisas que estamos desenvolvendo no LASInTec, a proposta emergiu de conversas realizadas em nossos seminários internos acerca da genealogia da autodefesa, desde o estudo realizado pela professora de filosofia da Universidade Paris VIII e lutadora de kung-fu, Elsa Dorlin (2020), no livro Autodefesa: uma filosofia da violência. Em especial a inversão que sua genealogia indica para o entendimento comum do direito jusnaturalista, segundo Dorlin: “a questão não é mais delegar ao Estado o direito individual de autodefesa, mas, sobretudo, preservar, transferir um direito de exercer a violência em sentido inverso, do Estado para os cidadãos. Podem-se evocar duas grandes modalidades dessa contratransferência. Uma primeira lógica corresponde a delegar o poder de segurança. A autoridade pública se apoia, por exemplo, em uma milícia composta de cidadãos armados, muito mais do que um exército, ou reforça este com a ajuda daquela – caso paradigmático dos dispositivos repressivos paramilitares ou de polícia privada. Uma segunda lógica, ainda relativa à autoridade soberana, consiste em delegar o poder de justiça: a autoridade se desincumbe de suas prerrogativas punitivas estendendo-as a alguns de seus sujeitos – caso paradigmáticos das legislações nacionais sobre o porte de armas e dos dispositivos parajudiciais” (Dorlin, 2020: 159-160).

A partir disso, convidamos pesquisadorxs de diversas áreas das Ciências Sociais para apresentarem diferentes perspectivas dessa relação entre Estado, política e distribuição assimétrica da violência a partir de questões históricas e atuais. Um tema/problema evidentemente urgente no Brasil que, além das mais de 400 mil mortes por Covid-19, continua sendo um dos maiores produtores de mortes violentas do planeta. O ciclo será composto de três painéis com três expositorxs cada e, ao final, um quarto painel com uma conversa-entrevista com Zilda Maria de Paula, mãe de Fernando Luiz de Paula e integrante da Associação 13 de Agosto, movimento de mães, parentes e amigos das pessoas que forma excetuadas por policiais fora de serviço no bairro do Munhoz, em Osasco, e em Barueri, no ano de 2015. Até hoje a ação dos policiais fora de serviço é apontada como uma das maiores chacinas do estado de São Paulo.

Os painéis podem ser conferidos nos links abaixo.

Programação:

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Painel 1: O massacre brasileiro: morticínio fundante e continuado.
25 de maio de 2021, 19:30hs.

Joana Barros (CAAF/UNIFESP), Paulo Malvezzi (Advogado e mestre em Filosofia pela UNIFESP) e Douglas Rodrigues (Escritor e doutor em Filosofia UNIFESP).
Com Ivo Ferreira, pelo LASInTec. 

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Painel 2: Tortura e contra-insurgência no Brasil do milagre: tecnologias violentas de produção da obediência.
26 de maio de 2021, 19:30hs.

Amelinha Teles (Jornalista e escritora/União de Mulheres) e Rosalina Santacruz (PUC-SP).
Com Bruna Oliveira, pelo LASInTec. 

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Painel 3: Brasil democrático: milicianismo, fuzil e voto.
27 de maio de 2021, 19:30hs.

Camila Jourdan (UERJ), Felipe Estrela (UNEB/AATR) e Fransergio Goulart (IDMJR).
Com Thaiane Mendonça, pelo LASInTec. 

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Painel 4: Memória, verdade e resistências à violência de Estado hoje.
28 de maio de 2021, 16hs.

Joana Barros e Acácio Augusto conversam com Zilda Maria de Paula (Associação 13 de Agosto) sobre o evento conhecido como Chacina de Osasco e Barueri, em 2015, e a luta das mães por memória e verdade.
Com Helena Wilke, pelo LASInTec.